Berlim foi a primeira cidade grande que visitamos que eu achei ter cara de uma verdadeira cidade grande. A capital alemã é feia e bonita. Tem muita sujeira na rua, alguns lugares bem velhos e abandonados, mas também tem um centro moderno e bonito. Aliás, foi a primeira cidade que vimos com tanto prédio moderno, a cidade não tem tanta coisa antiga como Paris ou Madri, por exemplo. Até porque ela foi destruída na guerra, então, toda aquela velharia foi abaixo.
Visitamos um Campo de Concentração (Sachsenhausen) nos arredores de Berlim. É estranho estar num lugar onde tanta gente sofreu, e muito. Mas sei lá, talvez pelo fato de ele ser basicamente um descampado agora, pois grande parte dele foi destruida, não foi tão terrível quanto eu imaginava. Mas ir no local onde eram as câmaras de gás, definitivamente me deixou desconfortável, assim como ir nas barracas que sobraram e que eles reconstruiram por dentro, como eram na época, um monte de cama de três andares entulhadas, um banheiro com um bando de privada e nenhuma higiene e uma pequena área comum onde eles comiam. Uma coisa interessante de estar lá é notar que diversos grupos de jovens, com guias ou professores, estavam indo para o lugar para apresder um pouco dessa história sombria da Alemanha.
Aliás, grande parte do turismo em Berlim, gira em torno do nazismo e suas consequencias, parece que os alemães tem muita vergonha do seu passado. Eles expoem essa parte da sua história como uma forma de pedir desculpas, talvez.
Fomos numa exposição bem pseudo de um tal de Olaf das Couves, mas que tinha umas obras bem bacanas, como uma sala com MUITA, mas MUITA fumaça daquelas de boate e com umas luzes fracas. A gente não enxergava direito dentro da sala, era bem legal. Encontramos algumas pessoas da ECO na exposição, não podia ter lugar melhor para encontrar um ecoíno. rs.
O muro ainda tem alguns pedaços em pé em várias partes da cidade, mas a mais famosa e grande é a parte que eles chamam de East Side Galery, a parte virada para o lado ocidental é toda cheia de pinturas, como na época que são refeitas. Tem partes em branco, onde o povo escreve. Mas onde tem as pinturas, ninguém escreve nada. Todo mundo respeita. É mais de um quilômetro de muro, bem interessante.
Fomos também Alexander Platz, onde tem a Torre de TV, que, obviamente, não é tão bonita como a Eiffel, mas é mais alta.
Em Berlim, fizemos um passeio diferente do que estamos habituados, fomos ao Zoológico. Foi bem legal, lá tem vários bichos que eu nunca tinha visto, como o urso banda, gorila, urso polar... aliás o famoso (pelo menos para alguns) urso polar Knut mora lá. Mas não sei dizer quem era ele, pois na jaula tinham dois ursos polares. Algun deles era o Knut.
Uma coisa que não gostei muito em Berlim é o seu metrô, é bem complicado e pouco intuitivo. Bem dificil para um turista. As estações são mal sinalizadas e muitas delas tem plataformas demais, o que dificulta saber onde devemos pegar o nosso trem. Mas mesmo com dificuldade a gente conseguia se achar.
Uma coisa supreendente de Berlim são os seus habitantes. Todo mundo sempre comenta que alemão é frio e isso e aquilo. Os berlinenses se mostraram sempre simpáticos, solícitos e até mesmo sorridentes. Em algumas ocasiões eu nem precisei pedir ajuda, eles viam que eu estava perdida e vinham me ajudar. E viva a simpatia alemã!